The Economist diz que o Brasil é 'democracia imperfeita'
Eu sempre desconfiei disso, mas agora o mais respeitável jornal econômico da Europa confirmou: estamos longe de sermos uma democracia plena. Segundo The Economist, o Brasil está no grupo das "democracias imperfeitas", na companhia de países como a Itália, Botsuana e Chile.
O Brasil perdeu para dois países pequenos, a Costa Rica, que há meio século dispensou o uso do Exército, e o Uruguai, que elegeu há coisa de um esquerdista democrático, Tabaré Vasquez para seu presidente.
O texto abaixo foi publicado e O Estado de São Paulo e o repasso, sem tirar nem pôr, nesta retomada do blog, que vai trilhar também outros caminhos, pelo menos se depender de mim, já que não falei com o Fenelon Rocha a esse respeito.
"Existem apenas 28 democracias plenas, diz The Economist"
LONDRES - Cerca da metade dos países do mundo têm regimes que podem ser qualificados de democráticos, mas em apenas 28 há uma democracia plena, segundo a publicação "O Mundo em 2007" do The Economist.
Os autores do relatório, do Economist Intelligence Unit, afirmam que 54 regimes são "democracias imperfeitas", o que, segundo eles, é melhor que a ausência total de democracia. Dos 85 outros Estados, 30 são considerados "regimes híbridos", enquanto 55 são "autoritários".
O grupo das "democracias plenas" está dominado pelos países desenvolvidos, com a "notável exceção" da Itália; mas há duas nações latino-americanas (Costa Rica e Uruguai) e uma africana: Ilhas Maurício.
A lista é liderada pelos países escandinavos ou do norte da Europa: Suécia (com pontuação 9,88), Islândia, Holanda, Noruega, Dinamarca e Finlândia, seguidos de Luxemburgo, Austrália, Canadá, Suíça e Irlanda, todos eles com pontuações superiores a 9, em uma escala de 0 a 10.
Malta vem em 15º lugar, seguido por Espanha e Estados Unidos, enquanto Portugal está na 19ª posição; Japão e Bélgica compartilham o 20º lugar; e a França vem em 24º, seguida de Costa Rica, ilhas Maurício, Eslovênia e Uruguai, empatados no 27º lugar.
Os autores do estudo qualificam de surpreendente a "modesta posição" que ocupam dois países considerados tradicionalmente bastiões da democracia: os Estados Unidos (pontuação: 8,22) e Grã-Bretanha, que está em 23º com 8,08 pontos.
Nos Estados Unidos, houve uma "grande erosão das liberdades civis" no contexto da guerra contra o terrorismo, e ocorreu algo parecido na Grã-Bretanha, onde se registra "uma forte redução da participação política".
Neste último aspecto, a Grã-Bretanha ocupa o pior lugar entre os países ocidentais, como se reflete em sua baixa participação eleitoral, na débil militância em partidos políticos, na pouca disposição a participar da política e na atitude geral para com a coisa pública.
No grupo seguinte, o de "democracias imperfeitas", estão África do Sul (29º), Chile (30º), Itália (34º), Índia (35º) e Botsuana (36º).
Outros países latino-americanos e do Caribe neste grupo são Brasil (42º), Panamá (44º), Jamaica (45º), Trinidad e Tobago (48º), México (53º), Argentina (54º), Colômbia (67º), Honduras (69º), El Salvador (70º), Paraguai (71º), Guiana (73º), República Dominicana (74º), Peru (75º), Guatemala (77º) e Bolívia (81º).
Novos membros da União Européia e países dispostos a fazer parte do bloco também estão neste grupo, como Eslováquia (41º), Polônia (46º), Bulgária (49º), Romênia (50º).
Os Estados de Israel (47º), Filipinas (63º), Indonésia (65º) e Benin (71º) também são considerados "democracias imperfeitas".
Entre os países de regimes híbridos estão Turquia (88º), Nicarágua (89º), Equador (92º), Venezuela (93º), Rússia (102º), Haiti (109º), Iraque (112º) e vários países africanos: Senegal, Gana, Moçambique, Zâmbia, Libéria, Uganda e Quênia, entre outros.
No grupo de regimes autoritários há apenas um país latino-americano, Cuba (124º), mas muitos islâmicos se encaixam nesta definição, como Paquistão (113º), Jordânia (113º), Marrocos e Egito (115º), Argélia (132º), Irã (139º) e Arábia Saudita (159º).
Outros como China (138º), Guiné Equatorial (156º), Guiné e Guiné-Bissau também têm regimes autoritários, segundo The Economist.
O Brasil perdeu para dois países pequenos, a Costa Rica, que há meio século dispensou o uso do Exército, e o Uruguai, que elegeu há coisa de um esquerdista democrático, Tabaré Vasquez para seu presidente.
O texto abaixo foi publicado e O Estado de São Paulo e o repasso, sem tirar nem pôr, nesta retomada do blog, que vai trilhar também outros caminhos, pelo menos se depender de mim, já que não falei com o Fenelon Rocha a esse respeito.
"Existem apenas 28 democracias plenas, diz The Economist"
LONDRES - Cerca da metade dos países do mundo têm regimes que podem ser qualificados de democráticos, mas em apenas 28 há uma democracia plena, segundo a publicação "O Mundo em 2007" do The Economist.
Os autores do relatório, do Economist Intelligence Unit, afirmam que 54 regimes são "democracias imperfeitas", o que, segundo eles, é melhor que a ausência total de democracia. Dos 85 outros Estados, 30 são considerados "regimes híbridos", enquanto 55 são "autoritários".
O grupo das "democracias plenas" está dominado pelos países desenvolvidos, com a "notável exceção" da Itália; mas há duas nações latino-americanas (Costa Rica e Uruguai) e uma africana: Ilhas Maurício.
A lista é liderada pelos países escandinavos ou do norte da Europa: Suécia (com pontuação 9,88), Islândia, Holanda, Noruega, Dinamarca e Finlândia, seguidos de Luxemburgo, Austrália, Canadá, Suíça e Irlanda, todos eles com pontuações superiores a 9, em uma escala de 0 a 10.
Malta vem em 15º lugar, seguido por Espanha e Estados Unidos, enquanto Portugal está na 19ª posição; Japão e Bélgica compartilham o 20º lugar; e a França vem em 24º, seguida de Costa Rica, ilhas Maurício, Eslovênia e Uruguai, empatados no 27º lugar.
Os autores do estudo qualificam de surpreendente a "modesta posição" que ocupam dois países considerados tradicionalmente bastiões da democracia: os Estados Unidos (pontuação: 8,22) e Grã-Bretanha, que está em 23º com 8,08 pontos.
Nos Estados Unidos, houve uma "grande erosão das liberdades civis" no contexto da guerra contra o terrorismo, e ocorreu algo parecido na Grã-Bretanha, onde se registra "uma forte redução da participação política".
Neste último aspecto, a Grã-Bretanha ocupa o pior lugar entre os países ocidentais, como se reflete em sua baixa participação eleitoral, na débil militância em partidos políticos, na pouca disposição a participar da política e na atitude geral para com a coisa pública.
No grupo seguinte, o de "democracias imperfeitas", estão África do Sul (29º), Chile (30º), Itália (34º), Índia (35º) e Botsuana (36º).
Outros países latino-americanos e do Caribe neste grupo são Brasil (42º), Panamá (44º), Jamaica (45º), Trinidad e Tobago (48º), México (53º), Argentina (54º), Colômbia (67º), Honduras (69º), El Salvador (70º), Paraguai (71º), Guiana (73º), República Dominicana (74º), Peru (75º), Guatemala (77º) e Bolívia (81º).
Novos membros da União Européia e países dispostos a fazer parte do bloco também estão neste grupo, como Eslováquia (41º), Polônia (46º), Bulgária (49º), Romênia (50º).
Os Estados de Israel (47º), Filipinas (63º), Indonésia (65º) e Benin (71º) também são considerados "democracias imperfeitas".
Entre os países de regimes híbridos estão Turquia (88º), Nicarágua (89º), Equador (92º), Venezuela (93º), Rússia (102º), Haiti (109º), Iraque (112º) e vários países africanos: Senegal, Gana, Moçambique, Zâmbia, Libéria, Uganda e Quênia, entre outros.
No grupo de regimes autoritários há apenas um país latino-americano, Cuba (124º), mas muitos islâmicos se encaixam nesta definição, como Paquistão (113º), Jordânia (113º), Marrocos e Egito (115º), Argélia (132º), Irã (139º) e Arábia Saudita (159º).
Outros como China (138º), Guiné Equatorial (156º), Guiné e Guiné-Bissau também têm regimes autoritários, segundo The Economist.
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