quarta-feira, outubro 25, 2006

Lula, uma enxurrada de votos

As eleições serão domingo, mas creio que nem o Alckmin acredita que haja alguma coisa a ser definida. Lula vai ganhar. E ganhar com uma vantagem assombrosa.
Deve colocar mais de 20 milhões de votos de vantagem sobre um Alckmin que pode ter menos votos que o primeiro turno.
Para que Lula não coloque algo como 20 milhões de frente, será necessário que os institutos de pesquisa estejam divulgando números bem distantes da realidade. Ou que a abstenção no domingo seja bastante acima da média. Se ficar em patamares históricos, e as pesquisas não estiverem furadas, o presidente pode comemorar esse feito.
No primeiro turno, as pesquisas estiveram corretas. Os ùnicos "erros" destacáveis foram as furadas (grandes furadas, diga-se) para os governos do Maranhão e Bahia.
Voto de castigo - Diante da possível diminuição dos votos de Alcmkin, vale uma explicação: de verdade, Lula foi vítima de sua arrogância, que agravou as dúvidas sobre o último escândalo de seu primeiro governo, o da compra de dossiê. Certo que venceria no primeiro turno, o presidente se portava como Senhor do Povo, olhava de cima para baixo, tomava as coisas com desdém. E ainda fez muxoxo para o dossiêgate.
Uma pequena fatia do eleitorado - suficiente para impedir a maioria absoluta, de onde Lula esteve muito perto - resolveu castigar o presidente. Decidiu votar na oposição (em croncreto, no tucano de plantão), levando a disputa para o segundo turno. Agora, esse eleitorado retorna aos braços do presidente, que ainda recebe a quase totalidade dos votos de Heloisa Helena e de Cistovam Buarque.
Mas Alckmin não deve chorar. De fato, foi muito além do que a maioria esperava dele. Foi além inclusive do que boa parte da cúpula do seu partido desejava.