A renovação no Legislativo
A cada eleição, fala-se na renovação do legislativo. Em geral, é uma mera renovação de nomes, sem qualquer impacto sobre as práticas e muito menos sobre os beneficiários da atuação parlamentar: ficam no poder os mesmos grupos, as mesmas famílias. Essa “mudança de faz de conta” atinge tanto à Câmara Federal quanto ás Assembléias Legislativas.
Tome-se alguns casos no Piauí: Sebastião Leal foi substituído por Leal Júnior, Antonio José Moraes Souza por Zé Filho, Bona Medeiros por Gustavo Medeiros, José Nery por Nerinho, e assim por diante.
Este ano, a Assembléia Legislativa deve “renovar” menos de 25% dos deputados. Quer dizer, um número muito baixo – que se torna ainda menor diante do propalado desgaste do político; e se revela insignificante quando olhamos que apenas três dos prováveis eleitos (10% da Casa) são realmente novos.
Senão vejamos:
Entre os novos, estará Lílian Martins, que de fato substituirá o marido, Wilson Martins, na cadeira de deputado. Ana Paula é outra nova que deve apenas manter na família a cadeira que era de Chico Filho. Sem vaga garantida, Ismar Marques pode se converter num “novo” que apenas tem de volta uma cadeira que já foi sua por algumas legislaturas.
Os demais nomes que aparecem como novos são Robert Rios, Assis Carvalho e Nonato Pereira. Estes chegam pela primeira vez ao posto, e sem receber herança de “A” ou “B”.
A renovação na Câmara
Dos atuais dez deputados federais do Piauí, voltam seis. Ou sete.
Além de pequena, essa renovação também é enganosa. Basta observar que um dos possíveis eleitos é o senador Alberto Silva, com seus quase 60 anos de política e que apenas mudaria do Senado para a Câmara.
A aliança PMDB/PP deve eleger Marcelo Castro e Ciro Filho – Alberto entraria em terceiro pela soma da legenda.
O PSDB tem assegurada uma vaga, que tende a ser do já deputado Átila Lira. Mas apresenta grandes chances de fazer um segundo deputado, no caso o estreante R. Sá.
A coalizão governista (PT/PTB/PCdoB/PSB) deve eleger Paes Landim, Antonio José Medeiros e Osmar Júnior. Há quem avalie que esse time pode ficar com uma quarta vaga (para Nazareno Fonteles), deixando o PSDB só com uma.
O PFL elege Júlio César e Mussa Demes, já com cadeiras na Câmara.
Traduzindo: os novos podem ser Alberto, Osmar, Antonio José e R. Sá. Ou apenas os três primeiros.
Além disso, dois dos novos eleitos estão apenas substituindo nomes eleitos pela máquina de seus partidos em 2002: Antonio José se coloca no lugar de Trindade e Osmar no de Afonso Gil.
Tome-se alguns casos no Piauí: Sebastião Leal foi substituído por Leal Júnior, Antonio José Moraes Souza por Zé Filho, Bona Medeiros por Gustavo Medeiros, José Nery por Nerinho, e assim por diante.
Este ano, a Assembléia Legislativa deve “renovar” menos de 25% dos deputados. Quer dizer, um número muito baixo – que se torna ainda menor diante do propalado desgaste do político; e se revela insignificante quando olhamos que apenas três dos prováveis eleitos (10% da Casa) são realmente novos.
Senão vejamos:
Entre os novos, estará Lílian Martins, que de fato substituirá o marido, Wilson Martins, na cadeira de deputado. Ana Paula é outra nova que deve apenas manter na família a cadeira que era de Chico Filho. Sem vaga garantida, Ismar Marques pode se converter num “novo” que apenas tem de volta uma cadeira que já foi sua por algumas legislaturas.
Os demais nomes que aparecem como novos são Robert Rios, Assis Carvalho e Nonato Pereira. Estes chegam pela primeira vez ao posto, e sem receber herança de “A” ou “B”.
A renovação na Câmara
Dos atuais dez deputados federais do Piauí, voltam seis. Ou sete.
Além de pequena, essa renovação também é enganosa. Basta observar que um dos possíveis eleitos é o senador Alberto Silva, com seus quase 60 anos de política e que apenas mudaria do Senado para a Câmara.
A aliança PMDB/PP deve eleger Marcelo Castro e Ciro Filho – Alberto entraria em terceiro pela soma da legenda.
O PSDB tem assegurada uma vaga, que tende a ser do já deputado Átila Lira. Mas apresenta grandes chances de fazer um segundo deputado, no caso o estreante R. Sá.
A coalizão governista (PT/PTB/PCdoB/PSB) deve eleger Paes Landim, Antonio José Medeiros e Osmar Júnior. Há quem avalie que esse time pode ficar com uma quarta vaga (para Nazareno Fonteles), deixando o PSDB só com uma.
O PFL elege Júlio César e Mussa Demes, já com cadeiras na Câmara.
Traduzindo: os novos podem ser Alberto, Osmar, Antonio José e R. Sá. Ou apenas os três primeiros.
Além disso, dois dos novos eleitos estão apenas substituindo nomes eleitos pela máquina de seus partidos em 2002: Antonio José se coloca no lugar de Trindade e Osmar no de Afonso Gil.
1 Comments:
Fenelon
Eleição no Brasil é sempre assim: um festival de baixarias. Muitos pensam assim: Mudam os candidatos e os partidos, mas a história é sempre a mesma.É justamente a descrença em mudanças que faz com que o eleitor se sinta, cada vez mais, acuado e desencantado com a política. O pessimismo prevalece. É difícil enxergar uma luz no final do túnel, MAS NEM TODO MUNDO É ASSIM! Ainda como alguns, acredito que a educação pode ajudar a salvar esse país!
Um abraço
Marco Aurélio
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