terça-feira, setembro 26, 2006

Assembléia terá 11 partidos

A próxima composição da Assembléia Legislativa será eclética como nunca, pelo menos do ponto de vista partidário. Isso tem que ser destacado, porque podem chegar ao Legislativo estadual velhos nomes por novas siglas. Basta citar Paulo Henrique Paes Landim, que construiu uma vida no PFL e agora pode retornar à casa pelo PTB.
Certo mesmo é que haverá uma fragmentação partidária como nunca.
Se em 1994 dois partidos (PFL e o então PPB) tinham mais de dois terços (22 dos 30 deputados), este ano a maior bancada deverá ficar com não mais que seis deputados; ou seja, algo como um quinto da casa. Esse grupo “majoritário” deve ter filiação ao PMDB, ainda que composto de vários governistas e um ou dois mãossantistas.
Terão assento na Assembléia nada menos que 11 partidos. Senão vejamos: PMDB, PFL, PP, PT e o PL manterão representação, como acontece há várias eleições. O PCdoB, que já teve deputado herdado do PT (Olavo Rebelo, hoje de volta ao clube da estrela), desta vez elegerá pelo menos Robert Rios. Ainda que não seja fácil, tem chance de fazer um segundo deputado. O PV fará um com certeza (Nonato Pereira é o favorito), embora os ecologistas acreditem que farão dois.
PSB elegerá pelo menos Lílian Martins, enquanto o PDT espera fazer três deputados – fará pelo menos dois. O PTB tem amplas possibilidades de eleger Nerinho, Hélio Isaias e Paulo Henrique Paes Landim, dentro da coligação governista.
Dos partidos de sempre, o PMDB pode fazer cinco ou seis, enquanto o aliado PP sonha com três outros nomes voltando à Assembléia. PFL calcula fazer cinco parlamentares, enquanto PSDB faz dois ou três. O PT deve fazer quatro. O PL repete o de sempre, com Xavier Neto.
Saindo das especulações dos nomes, o que parece claro é que o Legislativo estadual terá 11 siglas. Isso para começo de conversa. Com o correr dos fatos e a discussão da reforma política, podem surgir novas siglas com assento na AL, como o PMR do vice-presidente José Alencar.