“Existe imprensa?”, pergunta Firmino
Em meio a mensalões, sanguessugas e dossiês, vale um importante questionamento sobre o papel da imprensa neste processo eleitoral. Um questionamento que cabe, sobretudo, para o Piauí.
O ex-prefeito Firmino Filho, agora candidato a governador, traduziu tudo isso numa pergunta: “Existe imprensa?”
Imprensa, sim, se tomarmos o termo ao pé da letra, traduzindo aí o produto informativo (jornal, TV, rádio) com distribuição massiva. Mas se perguntarmos sobre “jornalismo”, aí a resposta não pode ser tão categórica.
As eleições desde ano revelaram ao Piauí a campanha mais cerceada de nossa história democrática. O jornalismo desapareceu.
Profissionalmente, acompanho eleição no Piauí desde 1988 e nunca vi jornais, rádios e jornais tão amordaçados. As candidaturas oposicionistas não conseguiram, sequer, publicar fotos de carros oficiais transportando propaganda eleitoral de candidatos governistas.
Veja bem, não estamos falando de discursos difamatórios, nem dos pseudo-eventos tão comuns nas modernas campanhas. Estamos falando de algo concreto: fotos comprovando que houve utilização de recursos públicos (sim, gasolina, funcionário e carro chapa branca). Portanto, um fato que atende a qualquer análise quanto ao critério de noticiabilidade: é algo grave (uso do dinheiro público), oportuno (estamos numa campanha, quando os governantes devem ser avaliados) e impactante (é a negação do “discurso ético” de um governo que se elegeu com essa pregação).
Apesar disso, nada foi notícia. Nem esse nem muitos outros fatos graves.
Ao contrário, a imprensa local conseguiu proezas como publicar a justificativa do governo sobre fatos que ela própria não havia noticiado. Um exemplo: fatos divulgados nacionalmente indicando o envolvimento do governador do Piauí com a máfia dos sanguessugas foram “desmentidos” na imprensa local sem qualquer contextualização do fato original. Melhor dito, não havia fato, só réplica.
Esse tipo de postura marcou os meios de comunicação nesta campanha. E tudo isso justifica a pergunta de Firmino. A imprensa se transformou em meios desinformativos, empanando de forma deliberada a clareza do processo. Assim, a imprensa se transformou em meios nada, nada jornalísticos.
Definitivamente, o jornalismo não se mostrou presente nesta campanha.
O ex-prefeito Firmino Filho, agora candidato a governador, traduziu tudo isso numa pergunta: “Existe imprensa?”
Imprensa, sim, se tomarmos o termo ao pé da letra, traduzindo aí o produto informativo (jornal, TV, rádio) com distribuição massiva. Mas se perguntarmos sobre “jornalismo”, aí a resposta não pode ser tão categórica.
As eleições desde ano revelaram ao Piauí a campanha mais cerceada de nossa história democrática. O jornalismo desapareceu.
Profissionalmente, acompanho eleição no Piauí desde 1988 e nunca vi jornais, rádios e jornais tão amordaçados. As candidaturas oposicionistas não conseguiram, sequer, publicar fotos de carros oficiais transportando propaganda eleitoral de candidatos governistas.
Veja bem, não estamos falando de discursos difamatórios, nem dos pseudo-eventos tão comuns nas modernas campanhas. Estamos falando de algo concreto: fotos comprovando que houve utilização de recursos públicos (sim, gasolina, funcionário e carro chapa branca). Portanto, um fato que atende a qualquer análise quanto ao critério de noticiabilidade: é algo grave (uso do dinheiro público), oportuno (estamos numa campanha, quando os governantes devem ser avaliados) e impactante (é a negação do “discurso ético” de um governo que se elegeu com essa pregação).
Apesar disso, nada foi notícia. Nem esse nem muitos outros fatos graves.
Ao contrário, a imprensa local conseguiu proezas como publicar a justificativa do governo sobre fatos que ela própria não havia noticiado. Um exemplo: fatos divulgados nacionalmente indicando o envolvimento do governador do Piauí com a máfia dos sanguessugas foram “desmentidos” na imprensa local sem qualquer contextualização do fato original. Melhor dito, não havia fato, só réplica.
Esse tipo de postura marcou os meios de comunicação nesta campanha. E tudo isso justifica a pergunta de Firmino. A imprensa se transformou em meios desinformativos, empanando de forma deliberada a clareza do processo. Assim, a imprensa se transformou em meios nada, nada jornalísticos.
Definitivamente, o jornalismo não se mostrou presente nesta campanha.
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