Morte de um coronel
Marcelo Coelho
No blog da Folha
http://marcelocoelho.folha.blog.uol.com.br/
Leio nas notícias de última hora que o coronel Ubiratan, responsável pelo massacre do Carandiru, foi morto com um tiro no peito em sua casa. E que o diretor do Carandiru na época do massacre morreu em outubro, em crime atribuido ao PCC.
De modo que todo nosso horror diante do massacre do Carandiru recebe, agora, resposta hedionda em assassinatos.
Os defensores dos direitos humanos estão perdendo sua segunda batalha. Perderam pela primeira vez, quando os adeptos do coronel Ubiratan identificavam como ingênua e cúmplice dos bandidos qualquer pessoa que quisesse humanizar os presidios. Perdem pela segunda vez, quando a bandeira da humanização dos presídios, quando a bandeira da condenação aos massacres, é tomada de suas mãos e serve a assassinos.
Lembo, Alckmin, Lula, Covas, Marcio Thomaz Bastos, Saulo Queiroz, Montoro, Maluf: em todos há responsabilidade pelo assassinato da ordem, pelo fascismo apolítico que toma conta de um país que descrê da lei.
Descrê da lei ao ver o Estatuto da Criança proteger psicopatas e estupradores; descrê da lei quando os simples principios de uma cadeia com regras mínimas de funcionamento se vêem adulterados pela corrupção.
Não apenas se faz justiça com as próprias mãos, com o recurso a “justiceiros” e policiais privatizados, num recurso extremo ao banditismo legal. Passa-se, agora, à criminalização dos direitos humanos, à sua instrumentalização em nome do PCC. Por pura incompetência (outro nome para a estupidez e para a barbárie governamental), a civilização se torna sinônimo de assassinato.
No blog da Folha
http://marcelocoelho.folha.blog.uol.com.br/
Leio nas notícias de última hora que o coronel Ubiratan, responsável pelo massacre do Carandiru, foi morto com um tiro no peito em sua casa. E que o diretor do Carandiru na época do massacre morreu em outubro, em crime atribuido ao PCC.
De modo que todo nosso horror diante do massacre do Carandiru recebe, agora, resposta hedionda em assassinatos.
Os defensores dos direitos humanos estão perdendo sua segunda batalha. Perderam pela primeira vez, quando os adeptos do coronel Ubiratan identificavam como ingênua e cúmplice dos bandidos qualquer pessoa que quisesse humanizar os presidios. Perdem pela segunda vez, quando a bandeira da humanização dos presídios, quando a bandeira da condenação aos massacres, é tomada de suas mãos e serve a assassinos.
Lembo, Alckmin, Lula, Covas, Marcio Thomaz Bastos, Saulo Queiroz, Montoro, Maluf: em todos há responsabilidade pelo assassinato da ordem, pelo fascismo apolítico que toma conta de um país que descrê da lei.
Descrê da lei ao ver o Estatuto da Criança proteger psicopatas e estupradores; descrê da lei quando os simples principios de uma cadeia com regras mínimas de funcionamento se vêem adulterados pela corrupção.
Não apenas se faz justiça com as próprias mãos, com o recurso a “justiceiros” e policiais privatizados, num recurso extremo ao banditismo legal. Passa-se, agora, à criminalização dos direitos humanos, à sua instrumentalização em nome do PCC. Por pura incompetência (outro nome para a estupidez e para a barbárie governamental), a civilização se torna sinônimo de assassinato.
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