Mão Santa e os erros que podem derrotá-lo
Confirmadas as atuais pesquisas, que asseguram vitória de Wellington Dias (PT), o senador Mão Santa (PMDB) pode virar um caso para estudo de especialistas em ciência política: perdeu uma eleição dois anos antes e corre o risco de perder outra quatro anos depois.
Mão Santa começou a perder a atual eleição quando, em 2004, pôs em marcha duas campanhas eleitorais nas duas principais cidades do Estado. Quis voar alto demais e não tinha nem o equipamento adequado e nem a tripulação para colocá-lo em céu de brigadeiro. O resultado é que perdeu em Teresina, com a mulher Adalgisa, e em Parnaíba, com o filho Júnior Mãosantinha.
Como além de duas candidaturas partia para a política como uma ação familiar - portanto oligárquica - o senador viu murcharem os apoios políticos e, pior, a grande admiração popular que cultivou com seu jeito simpático e até debochado.
A perda de apoio político fê-lo mais fraco na estrutura partidária do PMDB, sobretudo porque líderes locais não ficaram à vontade em apoiar com a mesma gana um homem que, pela necessidade de uma eleição em família, virou-lhes as costas.
Entre os eleitores deu-se a percepção de que o senador, que tanto combateu malfeitorias familiares dos adversários, não conseguiu se livrar desta prática inequivocadamente inadequada, mantida, aliás, em todas as cores políticas- inclusive a vermelha do PT e a indefinida do PSB do vice de Wellington, Wilson Martins, que tem a mulher na disputa por uma vaga na Assembléia.
Ora, duas perdas - a política e a eleitoral - fizeram de Mão Santa um mito de pés de barro. Ele mantém uma considerável parcela do eleitorado, mas a parte que decide virou-lhe as costas porque nele não identificou os elementos novos de uma política onde os laços consangüíneos sejam desconsiderados em favor damaioria.
Mão Santa começou a perder a atual eleição quando, em 2004, pôs em marcha duas campanhas eleitorais nas duas principais cidades do Estado. Quis voar alto demais e não tinha nem o equipamento adequado e nem a tripulação para colocá-lo em céu de brigadeiro. O resultado é que perdeu em Teresina, com a mulher Adalgisa, e em Parnaíba, com o filho Júnior Mãosantinha.
Como além de duas candidaturas partia para a política como uma ação familiar - portanto oligárquica - o senador viu murcharem os apoios políticos e, pior, a grande admiração popular que cultivou com seu jeito simpático e até debochado.
A perda de apoio político fê-lo mais fraco na estrutura partidária do PMDB, sobretudo porque líderes locais não ficaram à vontade em apoiar com a mesma gana um homem que, pela necessidade de uma eleição em família, virou-lhes as costas.
Entre os eleitores deu-se a percepção de que o senador, que tanto combateu malfeitorias familiares dos adversários, não conseguiu se livrar desta prática inequivocadamente inadequada, mantida, aliás, em todas as cores políticas- inclusive a vermelha do PT e a indefinida do PSB do vice de Wellington, Wilson Martins, que tem a mulher na disputa por uma vaga na Assembléia.
Ora, duas perdas - a política e a eleitoral - fizeram de Mão Santa um mito de pés de barro. Ele mantém uma considerável parcela do eleitorado, mas a parte que decide virou-lhe as costas porque nele não identificou os elementos novos de uma política onde os laços consangüíneos sejam desconsiderados em favor damaioria.
1 Comments:
Cláudio, meu voto é seu!
Parabéns pelos textos, pela visão excepcional e pela forma fácil de expor a sua opinião.
Abraço grande.
Lis
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