quarta-feira, agosto 09, 2006

O poder do voto nulo

O jornalista Zózimo Tavares faz um interessante comentário sobre duas campanhas publicitárias endereçadas ao eleitor. Uma, do TSE, pede que o eleitor participe na escolha dos novos governantes. Outra, da MTV, estimula o voto nulo.
"Na MTV, a peça observa que se o voto nulo existe, por que então desprezá-lo? Isso é um fato. Afinal, se o voto nulo está lá é para ser usado por alguém", observa Zózimo.
Vale a pena ver o artigo completo em: http://www.180graus.com/opiniao/artigo.asp?id=265

Voto facultativo
Nessa discussão, vou um pouco mais além.
O voto nulo não pode ser tomado como uma manifestação de alienação, de pouco interesse pela política. Ao contrário, deve ser enxergado como um ato de claro proteto, uma manifestação de amplo descontentamento com o fazer político que alcança os mais disntintos partidos e candidatos.
Exatamente por isso deve-se levar em conta a possibilidade do voto facultativo. Boa parte dos eleitores gostaria simplesmente de não participar do pleito, não dando seu voto para ninguém. Até porque o voto é obrigatório, mas o voto nulo não conta. É como se fosse um voto inexistente.
Daí, muitos eleitores tomam dois caminhos: anulam simplesmente (e tornam esse voto inóquo) ou optam por um voto de protesto que muitas vezes não fica evidente.
Veja-se o caso da eleição de Teresina, em 2004. Quem-Quem somou um bom punhado de votos. Não eram votos em Quem-Quem, mas voto em ninguém, ou melhor, um voto que evitava tanto Silvio Mendes, quanto Adalgisa e Flora Isabel. Isso certamente será evidenciado na votação de Quem-Quem para deputado, quando ficará longe da performance de 2004. Esperemos.
Nesta eleição presidencial, o Quem-Quem tende a ser Heloísa Helena. Os votos ideológicos que fazem a opção por essa candidata bem à esquerda são uma pequena minoria. A maioria dos votos que vão sufragar a combativa senadora alagoana são de eleitores que não se sentem à vontade nem com Lula, nem com Alckmin. Eleitores que buscam um pouco de dignidade na política, longe dos escândalos e coisas tais.
Se é assim, é bastantre razoável que o eleitor possa ter a opção de não votar.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Ei, eu tentei e-mail pertencentes a este post, mas não são capazes de chegar até você. Por favor email-me quando chegar um momento. Graças.

26/1/13 12:14  

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