Deve-se dar esmola?
A pergunta aí de cima é o título de um comentário de Daniel Piza, em seu blog no Estadão.com (http://blog.estadao.com.br/blog/piza/).
A propósito dessa discussão, ele escreve o seguinte:
"Em jantar com amigos ontem, o assunto surgiu: deve-se ou não dar esmola? Aqui onde moramos o número de famílias sem-teto é cada vez maior e fica difícil não lamentar tanta miséria, principalmente diante das crianças. Mas também sabemos que muitos adultos, que às vezes se fingem de pais, obrigam os meninos a vender, ficam com o dinheiro, gastam em bebida e quase nada dão a elas.
Em outros casos, o dinheiro dado pelas nossas consciências culpadas é tal - meninos de rua já me confessaram ganhar mais que R$ 30 por dia, o que dá um "salário" mensal maior que alguns professores ganham por aí - que fica difícil oferecer outra forma de vida a essas pessoas, que não à toa não querem trocar a rua por abrigos e acabam gerando mais filhos para ter mais chances de ganhar esmola. Há também os que fazem malabarismos ou vendem balas, logo a esmola seria uma espécie de retribuição ao seu esforço, ao fato de que - aparentemente - não optaram pelo crime, ainda que os produtos sejam em geral piratas e o comércio de rua prejudique a loja ao lado que paga seus impostos ou até o camelô que é cadastrado pela prefeitura.
Outra opinião é a de que se deve dar comida em vez de dinheiro, e por isso vemos tantas famílias às portas dos supermercados. Mesmo assim não estamos ajudando a perpetuar a situação? Enquanto isso, o poder público se exime de fazer sua parte.
O que você acha?"
Acrescento uma pergunta: você acha que essa discussão é coisa de paulista que não conhece a realidade dura do sertão nordestino ou é uma discussão realmente pertinente?
Faça seus comentários.
A propósito dessa discussão, ele escreve o seguinte:
"Em jantar com amigos ontem, o assunto surgiu: deve-se ou não dar esmola? Aqui onde moramos o número de famílias sem-teto é cada vez maior e fica difícil não lamentar tanta miséria, principalmente diante das crianças. Mas também sabemos que muitos adultos, que às vezes se fingem de pais, obrigam os meninos a vender, ficam com o dinheiro, gastam em bebida e quase nada dão a elas.
Em outros casos, o dinheiro dado pelas nossas consciências culpadas é tal - meninos de rua já me confessaram ganhar mais que R$ 30 por dia, o que dá um "salário" mensal maior que alguns professores ganham por aí - que fica difícil oferecer outra forma de vida a essas pessoas, que não à toa não querem trocar a rua por abrigos e acabam gerando mais filhos para ter mais chances de ganhar esmola. Há também os que fazem malabarismos ou vendem balas, logo a esmola seria uma espécie de retribuição ao seu esforço, ao fato de que - aparentemente - não optaram pelo crime, ainda que os produtos sejam em geral piratas e o comércio de rua prejudique a loja ao lado que paga seus impostos ou até o camelô que é cadastrado pela prefeitura.
Outra opinião é a de que se deve dar comida em vez de dinheiro, e por isso vemos tantas famílias às portas dos supermercados. Mesmo assim não estamos ajudando a perpetuar a situação? Enquanto isso, o poder público se exime de fazer sua parte.
O que você acha?"
Acrescento uma pergunta: você acha que essa discussão é coisa de paulista que não conhece a realidade dura do sertão nordestino ou é uma discussão realmente pertinente?
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