quinta-feira, julho 20, 2006

Pesquisa IPOP indica polarização

Os números do IPOP, o instituto-bússola da política piauiense, indicam uma polarização entre Mão Santa e Wellington Dias. Segundo pesquisa do instituto divulgada hoje pelo Meio Norte (http://www.meionorte.com/), o governador cresceu um pouco, depois de ficar estagnado nas duas pesquisas anteriores. Chegou a 39,5%, contra os 36,8% de maio e 36,7% de março. Dá uma respirada e mostra a viabilidade de seu nome para um segundo mandato, ainda que não tenha conseguido romper da barreira dos 40%.
Já Mão Santa mantém a seqüência de crescimento, reafirmando-se como o nome da oposição. Nesta pesquisa tem 32,3% dos votos, quase 3 pontos acima dos 39,4% de maio e bastante acima dos 25,8% de março. Mostra que deve ser mesmo o real adversário de Dias.
Os tucanos até que gostaram da pesquisa IPOP, ainda que mostre a perda de popularidade do candidato Firmino Filho. Firmino foi o único dos três candidatos “grandes” a perder intenção de votos em relação à pesquisa anterior do mesmo instituto. Mas os tucanos acreditam que o prejuízo poderia ter sido até maior.
Segundo o resultado, Firmino volta ao patamar de março, perdendo quase um terço da intenção de voto que tinha em maio. Com 17,5% das intenções, fica cerca de 10 pontos abaixo das intenções que chegou a apresentar antes da crise que abriu com o PFL e que, na prática, inviabilizou sua candidatura.
O histórico de Firmino é o seguinte: Março, 17,2%; Maio, 24,2%; e Julho, 17,6%.
A tendência é de polarização entre Mão Santa e Wellington.
Claro, os tucanos vão tentar quebrar essa perspectiva, pensando em inserir Firmino no rol dos candidatos viáveis. Não é tarefa fácil. O ex-prefeito vem apresentando performance mediana em Teresina e fraca no interior. Precisa desesperadamente da reação de Teresina.Se na próxima pesquisa, em agosto, não voltar à casa dos 20%, pode sofrer um esvaziamento às custas do chamado voto estratégico, ou voto útil, quando um candidato que se mostra pouco competitivo é esquecido pelo eleitor. Nesse caso, parte dos votos que hoje são destinados ao tucano poderia ser dividido entre os dois candidatos que polarizam a disputa.