Uma esquina do tempo na política
A eleição de 2006 no Piauí é uma esquina do tempo. Há uma disputa entre dois fazeres políticos que se afastaram do modo de agir de políticos mais velhos - para não dizer antiquados, ultrapassados, de um tempo que não deixa saudades.
A disputa direta entre Wellington Dias e Firmino Filho representa muito mais do que uma refrega eleitoral. Eles fazem parte de uma geração que começou efetivamente a fazer política sob o regime democrático da Constituição de 1988. Nenhum combateu a ditadura militar. São administradores que governaram sob a égide de uma conquista da democracia brasileira - a responsabilidade fiscal.
Eles estão deixando para trás, até por razões biológicas, o que é velho. Mão Santa, Freitas Neto, Alberto Silva, Hugo Napoleão e até Heráclito Fortes são luminares de um fazer político que está dando lugar a gente mais jovem, que aceita sim fazer acordos, mas que adota posturas e abordagens diferentes para agir como agentes públicos eleitos.
Qualquer que seja o eleito, é difícil imaginar uma campanha eleitoral em que se empregue práticas antes muito aceitas. Conchavos e compadrismo tendem a dar lugar a um diálogo mais direto com o eleitor. Há de se indagar sobre como ficam as lideranças políticas do interior, que exercem forte influência em suas bases. Simples: em vez de conduzir eleitores como manada, o líder local passa a desempenhar um papel de logística, sendo um replicador das idéias de seu candidato, fazendo com que o convencimento em favor delas se mantenha e se expanda.
Eis aí um cenário em que políticos senis não avançam porque acham que um bate-papo coronelista resolve a parada. Esses políticos vivem uma fase outonal, somente sobrevivendo que perceberem que precisam se reciclar ou, no caso de muita gente do PFL, se virem-se compelidos a marchar, ainda que a contragosto, ao lado de um político que não segue o padrão Petrônio Portella de ir para uma campanha.
A disputa direta entre Wellington Dias e Firmino Filho representa muito mais do que uma refrega eleitoral. Eles fazem parte de uma geração que começou efetivamente a fazer política sob o regime democrático da Constituição de 1988. Nenhum combateu a ditadura militar. São administradores que governaram sob a égide de uma conquista da democracia brasileira - a responsabilidade fiscal.
Eles estão deixando para trás, até por razões biológicas, o que é velho. Mão Santa, Freitas Neto, Alberto Silva, Hugo Napoleão e até Heráclito Fortes são luminares de um fazer político que está dando lugar a gente mais jovem, que aceita sim fazer acordos, mas que adota posturas e abordagens diferentes para agir como agentes públicos eleitos.
Qualquer que seja o eleito, é difícil imaginar uma campanha eleitoral em que se empregue práticas antes muito aceitas. Conchavos e compadrismo tendem a dar lugar a um diálogo mais direto com o eleitor. Há de se indagar sobre como ficam as lideranças políticas do interior, que exercem forte influência em suas bases. Simples: em vez de conduzir eleitores como manada, o líder local passa a desempenhar um papel de logística, sendo um replicador das idéias de seu candidato, fazendo com que o convencimento em favor delas se mantenha e se expanda.
Eis aí um cenário em que políticos senis não avançam porque acham que um bate-papo coronelista resolve a parada. Esses políticos vivem uma fase outonal, somente sobrevivendo que perceberem que precisam se reciclar ou, no caso de muita gente do PFL, se virem-se compelidos a marchar, ainda que a contragosto, ao lado de um político que não segue o padrão Petrônio Portella de ir para uma campanha.
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