sexta-feira, julho 07, 2006

Vice conta mesmo quando é para tirar voto

O jornalista Zózimo Tavares fez nos últimos dois dias análises interessantes sobre o peso dos vice em cada chapa. E disse que quem mais soma é Luis Meneses, o vice de Firmino Filho, o que gerou a contestação de Wilson Martins, o vice de Wellington Dias.
Também tenho uma opinião a respeito: pessoalmente, vice conta mesmo quando é para tirar voto. Basta lembrar o caso de José Paulo Bisol ou de Paulinho da Força.
Para somar, vice conta pelo poder de agregar apoios, pelo grupo que o leva ao posto. E na maior parte das vezes o nome do vice é só um representante desse grupo maior, sem grande apelo popular.
Claro, Wellington gostaria de ter o PMDB integralmente. Mas não teria nem que João Henrique tivesse vencido a convenção. Assim, o apoio peemedebista a Wellington não muda muito diante do resultado da convenção do partido. Sem o PMDB oficialmente coligado, a perda maior será mesmo a do tempo na TV. E Wellington ganha o astuto Wilson Martins, que além de tudo não será uma grande espinha num eventual segundo mandato.
Firmino gostaria (isso numa perspectiva de dois meses atrás) de ter Mainha como vice. Por Mainha? Não só. Mas sobretudo pelo apoio de Heráclito e do PFL. A coisa desandou e o tucano teve que buscar o apoio de Luis Meneses – um bom sujeito, articulador, mas instalado num PPS de pouca estatura. Quer dizer: não é o nome de um grande grupo de apoios.
Já Mão Santa soma com o PP tempo na TV, envolvimento dos candidatos proporcionais (favorecidos pela aliança) e o suporte de lideranças regionais que foram muito cobiçadas por PT e PSDB. Assim, Ciro Nogueira como vice é a tradução desse grupo.
É pra isso que vice serve.

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