sábado, junho 10, 2006

Política de faz-de-conta

O PSDB, que saiu muito mal após o arrogante e inábil veto a Hugo Napoleão, agora tenta reverter os fatos. E quer porque quer criar uma imagem de deselegância ou deslealdade de Hugo com Firmino. Mas os fatos negam a estratégia dos tucanos.
Segundo os principais líderes do PSDB, Hugo teria sido desleal com Firmino ao revelar uma conversa de bastidores. Não cola.
Vale a pena relembrar os fatos:
Fato 1 - Numa quarta-feira, Hugo deu entrevista para Amadeu Campos e Pedro Alcântara (início da tarde) dizendo que não seria candidato a senador porque não havia harmonia na coligação.
Fato 2 - A entrevista de Hugo provocou, pela primeira vez, uma reação das bases do partido. Deputados e prefeitos não apenas exigiram Hugo como candidato ao senado como ainda ameaçaram não votar em Firmino.
Fato 3 - Somente à noite da mesma quarta-feira Firmino e Hugo se reúniram (seis horas depois da primeira entrevista de Hugo). E, apesar da reação das bases pefelistas, Firmino vetou Hugo. E sugeriu que Hugo fosse à imprensa e dissesse que desistia da candidatura "espontaneamente".
O que queriam Firmino e outros tucanos? Que Hugo fosse à TV e dissesse que desistia da candidatura por frouxura? Ou que desistia para ajudar João Vicente Claudino?
Pelo visto, é mais crível avaliar que Firmino apostou em duas políticas: uma de bastidores, feita de acordões indizíveis e pressões insuportáveis; outra da rua para fora, um jogo para a platéia que vira um simples faz-de-conta.
Esse faz-de-conta não é nada elegante com o respeitável público.